Quero compartilhar com a comunidade Trivolim, depois dos festejos de final de ano e das mangas arregaçadas para o ano que se inicia, a iniciativa da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil e seu Plano de Ação Conjunta, entre os dois países, para a promoção da igualdade racial e étnica, a partir do lançamento em rede de um edital de convocação para projetos que tenham financiamento de até r$ 25.000,00 e se ocupem do tema 'raça e etnia'.
De acordo com este edital, o objetivo vai desde uma formação complementar aos universitários brasileiros em direitos humanos, com oportunidade de estágio nos dois países, futuramente, até integração entre líderes da sociedade civil, também entre os dois países, incentivando intercâmbios de curta duração. Informações sobre o edital e mais detalhes podem ser encontrados no link que acompanha este post.
Agora, cá entre nós...
Para aproveitar algo dessa natureza, de verdade, penso que duas questões cruciais merecem 'matutagem':
1) pelas nossas vivências em Educação, nas escolas ou terceiro setor, bem sabemos que as questões de fundo étnico ou racial estão diretamente ligadas com a marginalidade econômica e cultural dos povos. A coisa pega quando pretende-se desenvolver algo no plano do 'indivíduo'. Esse plano, o individual, como bem sabemos, é próprio dos norte-americanos. Aqui nos trópicos, portanto, não nos podemos deixar levar por essa ideologia e TEMOS SIM que aproveitar essas oportunidades para mostrar a coisa de outra forma, ou seja, a partir de iniciativas coletivas;
2) Para se dar ao trabalho de promover incentivos dessa natureza, não sabemos quanta água passou debaixo desse rio americano ou brasileiro, mas de qualquer forma, parece que a mensagem subliminada no edital é a seguinte: não sabemos o que fazer com a negritude e seu legado de miséria e pobreza.
Penso que a Trivolim, assim como outros parceiros organizados, sabem sim, muito bem, o que fazer. E sabem muito bem o que oferecer também. E essa é uma questão política, tão política quanto encenar a cultura brasileira, fazer concurso de break, promover a cultura cabocla ou, de preferência, misturar tudo isso e transformar em conhecimento genuíno para americano ver e se lambrecar!
Vamos botar pra quebrar!
As inscrições são encerradas dia 31/1.
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